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O dia em que o Congresso virou praça pública

junho 18, 2013

Segunda-feira, 17 de junho de 2013. Enquanto centenas de milhares de pessoas tomavam as ruas de Rio, São Paulo, Belo Horizonte e outras cidades brasileiras, eu estava em Brasília, acompanhando/participando das manifestações em frente ao Congresso Nacional.

País mudo não muda

Não tem sido fácil estar longe de Sampa quando as pessoas estão tomando as ruas – e não é Carnaval. Mas conhecer as manifestações de rua em outra cidade, tão singular quanto Brasília, tinha seu próprio apelo.

E confesso: ao encontrar as mais de 5 mil pessoas (números são, como sempre, controversos) em frente ao Congresso, senti um misto de excitação e frustração. Excitação por estar, pela primeira vez, em uma situação que só tinha visto na TV. Por estar, mesmo que de longe, apoiando as pessoas de casa, há mais de mil quilômetros de distância.

O fosso que separa o povo

O fosso que separa o povo

Frustração por saber que o Congresso estava vazio, era só a PM, a mídia e uma meia dúzia de servidores públicos que nada tinham a ver com a história. De que não íamos parar cidade alguma daquela forma – 5 mil pessoas nesta cidade sem escala humana é o mesmo que nada. Por entender que, quiséssemos parar tudo, deveríamos partir para outras vias, como o Eixão ou a W3.

Foi quando um grupo, que estava dentro do espelho d’água, começou a jogar água na polícia. Senti o início da confusão se aproximando, a mídia logo atrás da PM, filmando tudo. Pensei: provocar pra quê? E foi, ato contínuo, o que comecei a ouvir do resto dos manifestantes: “Não provoca, não provoca” “Sem violência”. O grupo continuava (e chegou a responder que saíssemos da arquibancada) e comecei a notar que não era na polícia que jogavam água. Era na mídia, escondida pela barreira policial. A mesma mídia que esperava um ato do tal vandalismo, de violência desse público que, na prática, estava lá sem intenções violentas. O grupo, de um jeito pueril e divertido, vaiava a mídia tradicional, que já não podia esconder manifestações que furavam seu bloqueio e respingavam tuítes, vídeos e fotos por toda a sociedade.

Senti um impasse: para onde iria a manifestação? Estávamos já em frente ao Congresso (vazio), eram 20h da noite, fome e o cansaço começavam a bater. Resolvi ir embora. E aí algo novo, inesperado aconteceu: o grupo, ainda molhado, saiu das águas e subiu a colina, começou a invadir o teto do Congresso.Parei, tenso. Nas sombras, era possível ver o choque, à espera de uma ordem superior. Comecei a fotografar e filmar, à espera de um confronto. Mas ele não aconteceu. Aos poucos, os manifestantes foram tomando todo o espaço e o Choque recuou, sem atacar. O povo tomava o Congresso.

"O povo em Brasília foi gigante" - Rafael Georges

“O povo em Brasília foi gigante” – Rafael Georges

Depois de algum tempo, desceram a rampa e eu, de olho na Polícia, que parecia estar num misto de tensão e estarrecimento, os segui e subi a rampa. O que vi foi algo que nunca imaginei presenciar, ainda mais em uma cidade tão pouco humana quanto Brasília: o teto do Congresso virou Praça Pública, e as pessoas sentavam e conversam, tiravam fotos, gritavam palavras de ordem, cantavam o Hino Nacional.

Enquanto isso, no gramado, um grande grupo gritava e cantava e sorria e se estarrecia também com o próprio feito. Ninguém quebrou nada. Ninguém estragou nada (exceto, talvez, a grama), não houve violência. Logo, funcionários de terno e gravata se juntavam, caminhavam, ocupavam um espaço que, muito provavelmente, nunca havia pisado antes.

Se antes eu me frustrei por não parar a cidade, agora entendia algo maior. É simbólico que o povo ocupasse, naquele momento, o Congresso Nacional e o transformasse em praça. Mas era também simbólico que em Rio e São Paulo o mesmo acontecesse.

Tomada da Bastilha

O sofá invadiu as ruas

Não irei cair nos lugares comuns de que o “Brasil acordou”, ou que “Saímos do Facebook”.  E não faltou um certo ufanismo, de cantar o Hino Nacional e “Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. Podia ser final da Copa do Mundo, Brasil campeão. Mas, no meu entender, muita gente se mobilizou por que o Brasil ainda é um lanterna em muita coisa que importa (insira saúde, educação, desigualdade e afins).

O que vejo é uma nova mistura entre o Ativismo de Sofá e aquele das ruas, que se retroalimentam e movimentam um grande número de pessoas. Para quê, ainda não dá pra saber. Da minha perspectiva, é muito interessante a ideia de que as pessoas começam a descobrir as ruas, seja para fazer política, seja para dançar.

Pra mim, são ambos fundamentais.

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Lágrimas por São Paulo

junho 14, 2013
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Foto: Lost Art

Ontem, eu não estava no protesto. Eu não respirei o gás lacrimogêneo, mas as lágrimas teimaram em correr. Eu não estava em Sampa, não enfrentei bombas de efeito (i)moral, não enfrentei balas de borracha. Mas sinto um nó na garganta.

Ontem, correram lágrimas de tristeza, em solidariedade a amigos e desconhecidos que enfrentaram a nuvem da violência policial. Os tiros repressores de um Estado que não quer ser contestado. Um Estado (seja qual for o partido) que vem se tornando cada vez mais ditatorial. Dois partidos que são o mesmo, a esquerda e a direita que, na prática, vivem na arrogância de que devem continuar no poder e, de cima para baixo, ditar o que é para o bem da população. E o povo deve engolir a verdade.

E ontem, correram lágrimas de orgulho. Lágrimas que não consigo reprimir. Que não quero reprimir. Ontem o povo cuspiu de volta os abusos que vem sofrendo. Escorreram lágrimas de respeito pelas milhares de pessoas que se levantaram, que se colocaram frente ao Estado e disseram: não mais.

Minhas lágrimas agridoces são causadas pelo gás que não respirei. São obra da certeza de que não nos calaremos mais. De que, enfim, nos erguemos e que o Estado nos teme.

Em um momento não muito distante, aqueles que são a mão pesada do Estado irão se perguntar por que estão batendo em seus iguais. Irão para casa, após atirar uma bala de borracha em uma mãe, em uma criança, depois de atirar gás lacrimogêneo em um idoso dentro do próprio carro e não irão dormir. Pagarão a mesma tarifa da vergonha e entenderão. E então, o primeiro escudo irá cair, a primeira flor será aceita.

E nesse momento, venceremos.

Foto: Rodrigo Soares

Foto: Rodrigo Soares

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A fome nossa de cada dia

março 1, 2012
Vai uma laranja?

Vai uma laranja? - Foto de Gilvan Barreto/Oxfam

Já faz algum tempo que eu não posto aqui no Quintal, mas é por uma boa causa. Literalmente. É que no fim do ano eu me mudei para Brasília e comecei a trabalhar em uma organização voltada para a redução das desigualdades e erradicação da pobreza. Vim para o Planalto Central andar de camelo e colaborar na mobilização digital de uma campanha de segurança alimentar.  Continue lendo »

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Um rio de pobreza

dezembro 14, 2011
Ponte sobre o rio

Ponte Estaiada - Foto de Daniela S Nassetti

por Caroline Derschner

Me assusta o fato de que nossas sociedades não sabem lidar com a riqueza. Perpetuam e replicam a pobreza quase que inconscientemente. Rejeitam a prosperidade com ilusões de uma outra riqueza, a material, que é só meia riqueza, frágil e falsa quando sozinha. E como se não bastasse, edificam e constroem sobre ela. Nossos estranhos valores sobre a concepção de riqueza se desenham no próprio planejamento e ambientação das cidades, e em como elas se apresentam a nós. Um exemplo disso são os rios.

Qualquer cultura humana sabe (ou sabia) que a água é sua fonte de riqueza primordial, de onde vêm todas as outras. As sociedades e as cidades foram cunhadas no entorno de fontes de água. A qualquer época e em qualquer tempo, um grupo que sai em expedição para fixar moradia sabe, e sempre soube, que é próximo ao rio e à água que deve se instalar. Continue lendo »

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Pra que serve a polícia ou pelo direito de se manifestar

novembro 29, 2011
Polícia pra quem?

Polícia pra quem? Foto de Apu Gomes/Folhapress

Você deve conhecer o famoso lema da polícia gringa: proteger e servir. Proteger a população. Servir a população. Mas aqui no Brasil, não existe essa noção. Não existe esse lema. O que existe é uma polícia que vem (ao menos em Sampa), sistematicamente, coibindo o direito de manifestação da população. Protegendo e servindo única e exclusivamente a elite medinho dessa cidade, aquela mesmo da Regina Duarte na eleição do Lula. A das incoerências da Soninha durante a campanha do Serra.

Temos uma PM que dispõe de 400 servidores públicos para bater e prender pouco mais de 70 estudantes na USP. Uma polícia que vai para a rua confrontar outros estudantes, que só reivindicavam o direito de acesso à cidade, quando o prefeito permitiu que a tarifa de ônibus chegasse a astronômicos 3 reais – enquanto colocava bilhões para alargar a Marginal Tietê, sem nenhum quilômetro de corredor de ônibus. Enquanto injetava centenas de milhões para uma ponte que virou símbolo de São Paulo: a Estaiada. Símbolo não porque aparece nos cartões postais, mas porque reforça a segregação que existe aqui: ela serve apenas ao rei automóvel, sem acesso para pedestres, que andam quilômetros a mais para atravessar de um lado a outro da Marginal, ou para ônibus, que devem continuar usando outras pontes. Ciclistas, nem precisa comentar. São milhões também para recapear vias nas imediações do Ibirapuera para um carro passar, no caso um F1. Continue lendo »

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A economia do botijão de gás

novembro 8, 2011

Troco trabalho por comida

Troco trabalho por comida. Cortesia de Technosailor

Caroline Derschner é formada em comunicação pela PUC e fez o curso de Ativismo e Mobilização para Sustentabilidade comigo. Quando voltamos da imersão, propus que ela colaborasse de vez em quando com o Quintal. Ela topou e escreveu o post abaixo, que é, a meu ver, uma reflexão interessante sobre nossos preconceitos a respeito de quem vive abaixo da linha da miséria. Acho que, além do que ela disse, vale lembrar que existe uma grande diferença entre trabalho e emprego, mas esse fica pra um próximo post. Acessem também os blogs dela: Um par de óculos e O beabá da mulher maravilha.

Já era de noite e eu estava na rua quando ela me parou. Tinha pouco mais que a minha idade, talvez uns três ou quatro anos a mais. Usava roupas em bom estado e tinha uma criança ao colo. Era bonita. Estivera andando o dia todo. E eu, naquele dia de sol forte, das poucas caminhadas que tinha dado, já sentia a cabeça doer. A moça me contou que estava procurando emprego de faxineira já fazia dias, e que estava morando na capital porque havia fugido do marido com suas crianças. Pude perceber a vergonha em seus olhos. Ela se desculpou por incomodar, mas disse que precisava urgentemente de um trabalho, qualquer que fosse, para comprar um botijão de gás e alimentar seus filhos no acampamento sem terra em que morava. Continue lendo »

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Não vivemos em Copenhague

outubro 26, 2011

Bike AnjoNum mundo ideal, o Bike Anjo não é necessário. Num mundo ideal, as ruas seriam seguras e completas: todos poderiam ir e vir sem se preocupar com os outros. Rotas de bicicleta seriam demarcadas no asfalto e nas placas. Calçadas seriam agradáveis aos pedestres e o transporte público seria eficiente, limpo e confiável.

O mundo ideal não é real. Ao menos ainda. Aliás, é tudo verdade quando dizem: não vivemos em Copenhague. Mas no passado, nem Copenhague era Copenhague. Foram necessários 30 anos de investimento na bicicleta, e políticas públicas focadas na mobilidade e que restringem o uso do automóvel para que a cidade das bicicletas se tornasse o que é.

Não somos Copenhague, mas somos muito parecidos com Bogotá. Continue lendo »

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Enquanto o Brasil for desigual, seremos campeões em reciclagem

agosto 24, 2011
Campanha atual da Coca-Cola

Cartão postal da campanha atual da Coca-Cola

Você já deve ter visto a campanha da Coca-Cola, que fala de otimismo e como, para cada pessimista, existem 84,5 pessoas de bem. É uma campanha gracinha, como diria a Hebe. O slogan, com o qual eu concordo – “Existem razões para acreditar. Os bons são maioria” –  é toda a razão pela qual este blog existe. Mas uma frase captou minha atenção: enquanto a natureza ainda sofre, 98% das latas de alumínio são recicladas no Brasil.

A frase é verdadeira, não há como negar. Ano após ano, o Brasil é campeão de reciclagem de alumínio, superando países como o Japão. E o Brasil consegue esse feito, vejam só, sem políticas públicas fortes de reciclagem e logística reversa. Como é possível?
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Bicicletários e centros culturais

agosto 22, 2011

Há uma semana, a Aline Cavalcante (também conhecida como @pedaline) deu um passeio pela Paulista na companhia do João Lacerda e este que vos fala. A ideia era visitar os Centros Culturais da Avenida e descobrir se eles estão preparados para receber usuários que usem a bicicleta como meio de transporte. O resultado é o vídeo acima . Confiram, espalhem, cobrem os responsáveis. E, claro, parabéns para o Parque Mario Covas, que levou a nota máxima no quesito Bicicletário.

Bonus: Continue lendo »

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Pôneis malditos = trânsito bendito

agosto 3, 2011
Pôneis benditos

Pôneis benditos, foto de bortescristian

Se você não passou a última semana debaixo de uma pedra. Se você acessou o Facebook, Twitter ou qualquer rede social. Se você viu o Youtube, ou conversou com alguém em um bar ou restaurante, ouviu a música: Pôneis malditos, pôneis malditos, lalalalalala”. A campanha espalhou-se pela internet quase tão rápido quanto aquela Oração, de uma certa banda autointitulada La más guapa. Ouvi os mais diferentes comentários, desde gente gostando dos tais pôneis, até aqueles que gostariam de ter criado a campanha.

E admito, é muito bem sacada. Mas, o assunto aqui é outro.

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Pelo direito de escolher

junho 29, 2011

Fight the power!

Depois do não-acidente, em que um ônibus atropelou o ciclista Antonio Bertolucci, o assunto bicicleta no trânsito ganhou um novo fôlego em São Paulo. Isso significou desde matérias muito boas sobre o assunto até aquelas que não valem nem o clique (até o Fantástico deu uma dentro, quem diria!). Para comentar sobre o assunto, Thiago Benicchio, diretor da Ciclocidade, participou do Jornal da Cultura do dia 17/6. Lá, o cientista político Carlos Novaes, disse que pedalar na rua é um “direito estúpido de ser exercido”. A frase reverberou e eu fiquei pensando: afinal, existem direitos estúpidos de se exercer? Continue lendo »

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E você, sabe a diferença entre 15 centímetros e 1,5 metro?

junho 17, 2011
Fina educativa

Fina educativa - Foto da Polly Rosa

Existem duas falácias que costumo ouvir sobre o artigo 201 do Código de Trânsito e a aplicação de multas. O Artigo 201 diz que, ao ultrapassar uma bicicleta, o motorista deve reduzir a velocidade e manter distância mínima de 1,5 metro do ciclista. O desrespeito a essa lei pode, facilmente, levar à morte do ciclista. Se você acompanha minimamente o assunto, já deve ter ouvido, ao menos, uma delas. Resolvi escrever esse post pois encontrei AMBAS em um mesmo artigo do UOL Notícias. Primeiro, um pouco de contexto.

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Sobre porque o Carnaval é fundamental

junho 9, 2011
Cordão do Boitata - Rio de Janeiro

Cordão do Boitata - Rio de Janeiro - Foto de Rodrigo_Soldon

Quem me conhece sabe: o Carnaval é meu Natal. Lembra quando você era criança e o Natal era das coisas mais incríveis que podiam acontecer? Quando eu era pequeno, era assim: a família toda se reunia, todos se divertiam juntos, trocavam presentes, curtiam esse momento. Conforme eu fui crescendo, isso foi mudando. E o Carnaval foi tomando esse espaço na minha vida. Aí você pensa que o Carnaval é a festa da carne e decide: é isso que ele quer dizer.

Mas não é.

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Chega de violência

maio 23, 2011

 Estou com nojo. As cenas da violência policial deste fim de semana passaram dos limites do aceitável. Estive no Churrascão da Gente Diferenciada e, por algum acaso do destino, não fomos reprimidos da mesma forma. Ao analisar os últimos eventos vejo que a PM paulista teima em tomar a cidade para si. Mas a cidade é nossa, é de todos nós. Neste sábado, vamos retomar uma vez mais o espaço urbano e exigir nosso direito de nos expressar livremente, sem repressão e violência policial. Continue lendo »

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Lurk before you post

março 25, 2011
Lurker with lasers: soon!

Lurker with laseres: Soon!

No meio da minha pesquisa, que deu origem ao TCC sobre mídias socias e políticas públicas, tropecei em uma regra não escrita da web que, sem perceber, sempre adotei: lurk before you post. Ou seja, ronde antes de postar. A ideia é simples: antes de entrar no jogo, é preciso entender as regras que o regem. E não estou falando de leis e afins. O lance são as regras não escritas de cada comunidade, fórum, ferramenta, sociedade. Continue lendo »

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O que o direito quer, o esquerdo justifica

fevereiro 23, 2011
Invertendo prioridades

Invertendo prioridades - foto de Eduardo Benhardt

Uma coisa que aprendi foi que a gente justifica tudo. Nosso cérebro é uma grande máquina racionalizadora, que consegue sempre arranjar motivos pra gente fazer aquilo que quer. O que o lado direito quer, o esquerdo justifica. Isso não é ruim. Se você magoa quem ama, se faz uma bobagem grande (ou até pequena), é por conta dessa capacidade que você consegue se perdoar e perdoar o próximo.

Mas aí também mora o perigo. Continue lendo »

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Social Media Week SP

fevereiro 7, 2011

Estou aqui no primeiro dia do Social Media Week SP. E tuíto diretamente do evento. Se você ainda não segue o Quintal, a hora é essa: @quintal. No momento, tá rolando o debate Empowered or Not. Confira a agenda completa aqui.

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Sobre abraços e sorrisos

fevereiro 2, 2011
Abraço

Um abraço - Foto de Librarian Avenger.

Já abraçou alguém hoje? E na última semana? Talvez o último mês? Seja sincero: não estou falando de abraços sociais, aquele com dois tapinhas nas costas e um (dois ou três, dependendo do seu estado) beijo de bochecha. Falo de abraços fortes e sinceros.

Aliás, já que eu levantei a bola, diz aí: você lembra dos melhores beijos que você já deu? Não perguntei com quem foi o beijo, mas o beijo em si, a sensação exata. Agora volte no tempo e relembre os abraços realmente verdadeiros que já recebeu. Lembra? Em quem você gostaria de dar um abraço hoje? Pense: um abraço verdadeiro. Eu me lembro com perfeição de alguns desses grandes abraços. Continue lendo »

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Faça o que eu faço

janeiro 27, 2011
TV antiga Sanyo

A TV da discórdia, cortesia de theterrifictc via Flickr

Quando eu era criança, meu pai costumava dar bronca porque a gente mudava de canal muito rápido (a TV é parecida com essa ao lado. I’m that old). Um dia, eu o vi fazendo exatamente o mesmo. Imediatamente, acusei: mas você tá fazendo. Ele respondeu: Faça o que eu falo, não faça o que eu faço.

O tempo passou e a frase ficou, colada no meu cérebro. Continue lendo »

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Mercadão ganha bicicletário

janeiro 21, 2011

Mercadão - Foto cortesia de logan_x via Flickr

Por Amanda Mente / Jornal da Crítica

O Mercado Público de São Paulo irá ofertar nos próximo mês 20 vagas para bicicletas nos quatro bicicletários que serão implantados em local seguro e protegido da chuva. “Os equipamentos serão instalados com o objetivo de proporcionar segurança aos clientes que chegam ao Mercado com um veículo sustentável. Desta forma acreditamos que estaremos diminuindo o número de carros na zona azul”, salientou o prefeito Gilberto Kassab.

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